Os Modos Gregos nada mais são do que escalas “dentro” de escalas. Se utilizarmos por exemplo como base, a escala de Dó maior, e ao invés de defirnirmos nossa tônica como sendo Dó, defirnirmos outra nota qualquer, e tocarmos nossa escala à partir desta nota até sua próxima oitava, estamos tocando um modo.
Por isso a definição de escala dentro de escala, se fizermos o processo descrito acima para todas as notas da escala de Dó maior, cada uma será um modo, e todas as notas deste modo pertencerão à escala de Dó maior.
Exemplo: Se comerçarmos à partir da segunda nota da nossa escala, neste caso a nota Ré, e tocarmos até o Ré da próxima oitava, significa que estamos tocando o modo Dórico, Ré Dórico neste caso, composto pelas notas D – E – F – G – A – B – C – D (Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó e Ré).
Percebam que desta forma estamos criando uma escala com intervalos totalmente diferentes da nossa escala “original”, no caso do Ré Dórico, T – S – T – T – T – S – T (tom, semi-tom, tom, tom, tom, semi-tom, tom). Cada modo grego tem sua fórmula de intervalos.
Os Modos Gregos são os seguintes: Jônico (a escala maior diatônica), Dórico, Frígio, Lídio, Mixolídio, Eólio (a escala menor natural) e Lócrio.
A Finalidade dos Modos Gregos
A finalidade dos modos gregos é dar uma “vibe” diferente à música, ou seja, um tipo de sentimento que não poderíamos alcançar utilizando apenas as escalas maior e menor.
O modo frígio, por exemplo, nos remete à uma vibe meio que oriental/sombria e cada modo tem um sentimento diferente.
Vamos agora definir e exemplificar melhor cada um dos modos.
O Modo Jônico
O modo Jônico nada mais é do que a escala maior diatônica, ele é a “base” para os outros modos.
O Dó Jônico por exemplo, é simplesmente a escala de Dó maior, C – D – E – F – G – A – B – C (Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó), sua fórmula de intervalos é: T – T – S – T – T – T -S (tom, tom, semi-tom, tom, tom, tom, semi-tom).
O Modo Dórico
O modo Dórico é o segundo modo dentro da escala maior, o Ré Dórico é composto pelas notas: D – E – F – G – A – B – C – D (Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó, Ré) e sua fórmula de intervalos é: T S T T T S T (tom, semi-tom, tom, tom, tom, semi-tom, tom).
O Modo Frígio
O modo Frígio é o terceiro modo dentro da escala maior, o Mi Frígio é composto pelas notas: E – F – G – A – B – C – D – E (Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó, Ré, Mi) e sua fórmula de intervalos é: S T T T S T T (semi-tom, tom, tom, tom, semi-tom, tom, tom).
O Modo Lídio
O modo Lídio é o quarto modo dentro da escala maior, o Fá Lídio é composto pelas notas: F – G – A – B – C – D – E – F (Fá, Mi, Sol, Lá, Si, Dó, Ré, Mi, Fá) e sua fórmula de intervalos é: T T T S T T S (tom, tom, tom, semi-tom, tom, tom, semi-tom).
O Modo Mixolídio
O modo Mixolídio é o quinto modo dentro da escala maior, o Sol Mixolídio é composto pelas notas: G – A – B – C – D – E – F – G (Sol, Lá, Si, Dó, Ré, Mi, Fá, Sol) e sua fórmula de intervalos é: T T S T T S T (tom, tom, semi-tom, tom, tom, semi-tom, tom).
O Modo Eólio
O modo Eólio nada mais é do que a escala menor natural, o Lá Eólio é a menor natural relativa da escala de Dó maior, é composto pelas notas: A – B – C – D – E – F – G – A (Lá, Si, Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá) e sua fórmula de intervalos é: T S T T S T T (tom, semi-tom, tom, tom, semi-tom, tom, tom).
O Modo Lócrio
O modo Lócrio é o sétimo modo dentro da escala maior, o Si Lócrio é composto pelas notas: B – C – D – E – F – G – A – B (Si, Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si) e sua fórmula de intervalos é: S T T S T T T (semi-tom, tom, tom, semi-tom, tom, tom, tom).
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